terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre Santiago da Compostela

Faltam apenas 2 dias para nossa ida para Lisboa.

Resolvi copiar este texto de um site sobre a história da peregrinação à Santiago. Claro que consultar o original é melhor pois tem até fotos.

http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/eurotrip/dicas-de-viagens/santiago-de-compostela-espanha-999.asp


O nome “Santiago de Compostela” tem sua origem em “São Tiago da Estrela” – é que o túmulo do apóstolo foi encontrado em 813 pelo pastor Pelayo que repetidas vezes via uma estrela indicando um sepulcro no monte Libradón. Neste local, mais tarde foi construída uma igreja que passou por diversas fases até se tornar a Basílica de Santiago de Compostela. Os restos mortais do apóstolo continuam no mesmo local e estão guardados em uma pequena urna no subsolo da basílica.


Para entender o significado religioso deste lugar é preciso saber um pouco da história da época em que tudo começou. No início do século IX os muçulmanos invadiram a região. Eles invocavam e unificavam suas forças sob a proteção de Maomé. Enquanto isso os cristãos, fragmentados em pequenos reinos, não tinham um líder carismático que os unisse. Quando a notícia de que o pastor havia encontrado um túmulo sagrado chega ao conhecimento de Teodomiro, bispo da diocese, este ordena que fossem feitas escavações no local. Durante os trabalhos foi encontrada uma urna de mármore e, por revelação divina, Teodomiro anuncia que os restos mortais ali encontrados pertenciam ao apóstolo São Tiago e assim surgiu o mito.

Mais do que um encontro com o apóstolo, o caminho é uma busca interior. Até porque não se sabe ao certo se os restos mortais que se encontram na basílica pertencem realmente a Tiago. No século XVI a Europa Central vivia em meio às guerras religiosas com o fortalecimento do protestantismo. Temendo que piratas ingleses atacassem o túmulo do apóstolo, em 1588 um arcebispo esconde o sepulcro. De tão bem escondido, ele fica sumido por 300 anos. A partir daí o número de peregrinos que vão a Compostela vai diminuindo drasticamente. Em 1879, durante uma reforma no altar principal é encontrada uma urna com os esqueletos de três homens. O papa Leon XIII sanciona quatro anos de pesquisas científicas e depois anuncia que os restos do apóstolo haviam sido reencontrados.

São Tiago, o maior, filho de Zebedeu, foi decapitado no ano de 42 em Jerusalém, por ordem de Herodes. Segundo a tradição, seus discípulos roubaram seu corpo e o levaram de barco, em uma viagem que levou sete dias, até a desembocadura do rio Arousa, para cumprir com o rito praticado entre os apóstolos de serem enterrados no local onde haviam pregado e escolhido para serem enterrados.

No século X surge a terminologia “peregrino” – aquele que viaja a Compostela, assim como os romeiros que iam a Roma e os palmeiros que seguem para Jerusalém. A peregrinação junto com as cruzadas se transforma no motivo principal das viagens na época medieval.

Quando o dia de São Tiago, 25 de julho, cai em um domingo é festejado o Ano Jacobino e a Porta Santa da catedral é aberta aos fiéis. Dizem que quem cruza esta porta tem todos os pecados perdoados.

Existem incontáveis caminhos até Santiago de Compostela, mas os três mais conhecidos são o Francês, o Aragonês e o da Costa Atlântica. O Aragonês tem 849,8 km e parte de Somport, o Francês tem 774,1 km e é o único que atravessa os Pirineus e começa em Saint-Jean-Pied-De-Port, o da Costa Atlântica começa em Irun e foi uma das principais rotas de peregrinação no início da devoção jacobea, atualmente é pouco explorado. Se os cerca de 800 km parecem uma caminhada longa demais, saiba que é preciso percorrer apenas 100 km para receber o certificado de peregrino, a Compostela.





sábado, 24 de abril de 2010

Ultimando os preparativos

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Estamos em contagem regressiva. Faltam 5 dias pro nosso embarque de Viracopos a Madrid, nossa escala para Lisboa. Voaremos pela Ibéria.


Transportar a bicicleta é um drama, pelo menos pras companhias áreas. Não tem perdão, apesar desta bagagem não pesar o máximo do volume permitido. Tem que pagar! Serão 75 dólares na ida e 75 euros na volta.


Confesso que diferentemente das viagens anteriores, onde fazer o planejamento foi feito com relativa segurança, apesar de ter revirado a Internet pouca referência encontrei para traçar um caminho ideal.


Existem diversos caminhos rumo a Santiago da Compostela e o chamado Caminho Português também não é único, como mostram os mapinhas abaixo.





Na primeira etapa de nossa cicloviagem pretendo sair de Lisboa, Cascais, Sintra, Praia de Ericeria, Torres Vedra, Caldas de Rainha, Alcobaça, Batalha, Leria, Tomar, Figueira da Foz, Coimbra,Aveiro e Porto. Pelos meus cálculos serão 430 km nesta pernada.

O que encontrei descrito foi o Caminho Central no excelente Portal do Peregrino (http://www.caminhodesantiago.com). Não optei por este caminho, pois meu interesse foi em conhecer as cidades mais importantes em termos de patrimônio cultural.


Para planejar então o caminho a percorrer, estradas e distâncias, recorri ao www.viamichelin.pt que me permitiu traçar o que o viamichelin acredita ser o melhor caminho para a bicicleta. Vale à pena consultar o site!


Algumas pessoas que contatei em Portugal afirmam que as estradas nacionais não são muito amigáveis e outras afirmam que apesar dos portugueses respeitarem os ciclistas, o transito de bicicletas é bastante raro.


Vamos pagar para ver e já instalei um espelho retrovisor para me precaver.


De Porto a Santiago o caminho usualmente mais percorrido é por Rates, Barcelos, Valença, Tui e Redondela.


Minha preferência é conhecer Guimarães e Braga. A partir daí vem minha dúvida, sigo para Ponte Lima e caio no caminho tradicional de peregrinação ou vou para Viana do Castelo, Guarda, Baiona e Vigo encontrando chegando ao caminho tradicional apenas em Ponte Vedra. A primeira opção irá me fazer percorrer 270 km e a segunda 320 km.


Através do Facebook acabei por me deparar com um grupo chamado Bicigrinos.com (Caminho de Santiago em bicicleta). Encontrei no site (http://caminoportuguesporlacosta.com) a descrição do Caminho Monacal, pouco conhecido e também bastante tentador.


Decidirei qual caminho durante o caminho!


Citando um poema de Antonio Machado:


Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pedalando em grupo ou em bando

A partir de dezembro do ano passado resolvi intensificar meu treinamento para poder empreender a cicloviagem de Lisboa a Santiago da Compostela.


Sei que deveria ter me esforçado mais na ginástica, principalmente em abdominais, parte importante na sustentação de quem pretende pedalar por muito tempo.



Descobri também que pedalar em bicicleta ergométrica é extremamente chato. Você pedala e pedala e não avança 1 centímetro. A paisagem muda quando mudam as meninas da academia que “pedalam” ao seu redor. Elas pedalam lendo revistas de moda, admirando seu corpo no espelho ao lado, compenetradas em conseguir formas mais atraentes e glúteos mais enrijecidos.



Acabei optando em pedalar com grupos de ciclistas, principalmente os noturnos.



Não foi uma má escolha. Dos mais de 1600 km pedalados nestes últimos 3 meses, 960 km foram com grupos.



Saí com 7 grupos distintos, quase todos da região sul da capital de São Paulo sempre na proposta de um pedal mais “light”, dando em média 30 km por passeio.



Conheci basicamente dois tipos de grupos: os vinculados a lojas de bicicleta e grupos independentes formados ou liderados por uns abnegados que insistem em divulgar a bicicleta como meio de transporte e de lazer.



Entre estes últimos está o grupo do Olavo, o Star Bikers comandado pelo Pre e o pessoal do Pedal Serrano de Ribeirão Pires organizado pelo simpático Roberto Lima.



Percebi que além desta distinção existe outra diferença entre estes diversos grupos. Um que se propõe efetivamente a pedalar em grupo e outro que motivam os ciclistas a atuar como um “bando a solta” pelas ruas da capital.



Pedalar em grupo a noite com responsabilidade e segurança é pedalar em pelotão relativamente coeso não se afrontando com carros e pedestres. É ocupar apenas uma faixa de transito. A diferença está no guia que impõe as regras e as deixa clara durante todo o percurso e que sabe selecionar o trajeto.



Exemplos desta prática salutar são dados pelo Cleber Anderson da Anderson Bicicletas, um primor de guia e empenhado em levar adiante o conceito elaborado no seu guia “Bike na Rua”.



Outro guia extremamente responsável é o Pre, mentor da Star Bike. Meio sargentão não admite irresponsabilidades no transito e deixa sempre claro que se ele não gostar de seu comportamento, você “está fora”.



Exemplo também de prática responsável é o casal da GoBiking, uma agência de cicloturismo, que organiza a pedalada noturna da loja Bike Town.



Pedalar com o Olavo é uma festa dominical. Mais de 200 ciclistas invadem São Paulo, sendo tocados pelos guias adrenados da Olavo que se comportam como vaqueiros em filmes do Velho Oeste conduzindo a nós, o gado.



Tenho observado que alguns grupos promovidos pelas lojas são desorganizados e transformam passeios noturnos em um acinte à cidade.



Pedalam saltando pelas calçadas, fazendo malabarismos por mero exibicionismo, correndo por entre os carros e ao se sentir “lesado” no seu direito de ciclistas revidam com xingamento e provocações.



No último dia mundial sem carro que aconteceu em São Paulo saí pedalando pela cidade e fui propositadamente fechado em momentos distintos por um carro e por um ônibus. Percebi que os motoristas pareciam se sentir ameaçados de seu direito de locomoção.



Se hoje, temos uma cidade sem planejamento viário adequado, em que carros, caminhões, ônibus, motos e pedestres convivem com muito pouco respeito mútuo, o comportamento destes ciclistas, somente fará com que parte da população acredite que mais um contendor está entrando neste campo de batalha.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quem Pedala!

Estas fotos ilustram que pedalar é realmente para qualquer um e em qualquer idade!!

Domingo, os holandeses passeando


Levando o "dog" para uma voltinha



Duas senhoras passeando!



Na Bélgica, temos viadutos apenas para bicicletas.





Na Holanda, bicicletas são usadas para o dia a dia







Na ciclovia do Rio Mosel, as placas indicativas são destinadas aos ciclo viajantes.


Em Brugge, Bélgica, um dos monumentos da praça principal tem como tema: ciclistas!












Atravessando o canal de Rotterdam de ferry boat ,uma família em cicloviagem








Papai levando o filhote em um passeio dominical na Bélgica

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pedalar é Preciso! Viver em êxtase pedalando é Possível!

Quando a gente gosta de alguma coisa ou de alguma atividade acho que é uma tendência natural de queremos que pessoas que são de nosso relacionamento compartilhem destas nossas fantasias.

Então estamos sempre convocando os amigos para pedalar junto para usufruir dos mesmos prazeres que nós temos nesta atividade.

O que tenho percebido é que quando faço este convite, alguns delicadamente recusam alegando “não ser a sua praia”. Outros, apesar de se mostrarem interessados e eventualmente no momento da proposta compartilhar desta fantasia se sentem inaptos ou fisicamente ou até por que acham que é uma tarefa hercúlea.

Nas minhas cicloviagens percebi que em alguns países como a Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria e França a bicicleta é uma cultura, faz parte dos hábitos e modo de vida da população.

Na Alemanha, quando paramos para nos hospedar num destes “bad and breakfast” que estão ao longo do Rio Mosel, no galpão de nosso hospedeiro havia um monte de bicicletas dependuradas no teto. Conversando com ele e a esposa ele declarou que cada um tinha três bicicletas, a híbrida para pedalar para o dia a dia e fazer compras, uma speed para se exercitar no verão e uma de Mountain Bike (BTT em Portugal: Bicicleta para Todo Terreno) para pedalar no inverno.

Na Holanda, particularmente em Amsterdam, a quantidade de bicicleta que se vê é uma enormidade.

“Dinamarca e Holanda, países planos, lideram a utilização da bicicleta na Europa, com 958 e 1.019 quilômetros percorridos por habitante, respectivamente, a cada ano.” ( http://www.creaes.org.br)

Bicicleta, usando um termo em voga está no DNA ou no sangue de muitos povos.

Converso com muitas pessoas que fantasiam a possibilidade de sair por aí pedalando, nem que seja para dar uma volta pela ciclovia da marginal Pinheiros em São Paulo ou pela ciclofaixa de domingo que liga o Parque do Povo ao Parque das Bicicletas, mas elas sempre são relutantes: Será que eu consigo? Será que serei capaz!

Fui testemunha, durante as minhas viagens de histórias, de fatos que me impressionaram, como um “cicloturista brasileiro”

Pedalando ao longo do Rio Danúbio, na Áustria, vi diversas pessoas com restrição motora, seja na perna ou no braço, fazendo cicloviagens em bicicletas especiais.

Vi casais pedalando com filhos em cicloviagem e muitos com um reboque atrás, levando crianças menores de 5 anos. O carrinho acoplado tinha uma capota “conversível” que se fechada isolava a criança da chuva ou do vento.

Vi também casais já aposentados, com mais de 70 anos, fazendo cicloviagens de às vezes uma semana. Pedalavam um ao lado do outro e uniformizados: mesmo modelo de roupa, mesma estampa mesmo modelo de bicicleta, mesmo modelo de alforje.

Pedalavam de 10 a 15 km como se o seu destino final não se importasse com o tempo que demorariam em chegar.

A cena que mais me comoveu foi na Holanda, quando estávamos em um camping em Amstel, perto de Amsterdam. Pai e filho chegavam para ocupar um chalé. Estavam a pedalar uma semana, numa tandem (bicicleta de dois lugares) e com um reboque que continham roupas e apetrechos de camping. O pai, um senhor de aproximadamente 65 anos, pedalava na parte da frente e o filho com uns 40 anos pedalava atrás. Detalhe: o filho tinha síndrome de Down.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Eu e a bicicleta

De todas as tranqueiras materiais que cercam a minha vida, tem apenas três que eu curto ou me apego: minha casa, os livros e a minha bicicleta.

Comprei minha bicicleta em 2000, uma Gary Ficher, quadro cromo molibdênio, e nela, sei que não é muito, pedalei uns 8000 km.

Fico matutando o porquê tenho tanta paixão por esta bicicleta. Um dia vou pegar a minha amiga psicóloga, a Bia, que curiosamente é Santiaguense e pedir para ela analisar. Sei que ela coçará o queixo, como sempre faz e na sua solenidade terapêutica não dará declarações reconfortantes, algo do tipo: que sou um retardado infantilizado, que a bicicleta representa algum lado obscuro de minha vida ou que Freud ainda acabará por explicar.

Pesquisando no Google sobre esta paixão acabei me deparando com um blog do Denis Russo Biergman sobre um livro: Diários de uma Bicicleta de David Byrne.

Vou procurar o dito livro! Mas vamos a citação:

“Byrne começa o livro dizendo que, do selim da bicicleta, temos uma perspectiva diferente do mundo. Mais rápido que um pedestre, mais lento que um trem, ligeiramente mais alto do que uma pessoa. Dessa perspectiva vemos algo que não se vê de outro modo, temos portanto uma compreensão um pouco diferente do mundo. Pedestres não chegam a lugar nenhum, motoristas apenas passam pelos lugares sem se relacionar com eles. Ciclistas combinam alcance (dá para pedalar 100 quilômetros num dia) com profundidade (dá para papear com todo mundo no caminho).”

Cicloviajar é ver o mundo em 360 graus no silêncio ou no ruído que o meio propicia. Você é um voyeur da paisagem e ator ou co-participante das ocasiões que se desenrolam ao longo da viagem. É um objeto de admiração daqueles que sabem que você chegou pelo seu próprio esforço, não importa aonde ou de onde.

A bicicleta tem o fascínio dos antigos trens. Você a entende é puro hardware. Você a regula conserta e a adéqua a sua comodidade ou a seus objetivos. Não importa quantas bicicletas existam do mesmo modelo que a sua, você sabe que enquanto ela é sua, é única.

A bicicleta é um vício motivado pelo prazer. Converse com um ciclista e ouvirá a paixão pelas situações vividas com ela, pelos “causos” propiciadas pela sua bike. Pela docilidade com que responde aos seus ímpetos, mesmo que custe até um belo tombo.

Perdoem-me os aficionados pela caminhada, mas nunca ouvi alguém declarar amor ao seu tênis ou a sua mochila. Até pelo contrário, muitos dos relatos que li sobre as peregrinações a pé do caminho de Santiago reclamam da bota, do tênis e das bolhas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Perdendo Peso!

Hoje, cravado na balança, estou com 116,3 kg. Comecei o tal do regime há 33 semanas pesando 134,3 kg.

É uma agonia perder peso e fazer exercício.

Além de doer todos os músculos, dói o estomago de fome. O único exercício que seu corpo efetivamente pede chama-se “assalto noturno a geladeira”.

A perda de peso no começo até que é fácil. No meu caso, perdia quase um quilo por semana.

Os exercícios! No começo além da preguiça, da câimbra, dos pretextos para não sair de casa, se bobear teu corpo travava. Após algumas semanas acabei no hospital totalmente travado tomando Dramal.

Depois você se acerta, afinal se entupiu de antiinflamatório. Tudo vai bem, você emagrece e vem o tal efeito platô.

Este efeito é uma merda!!!! Você quase não come, faz exercício e o que acontece?

Nada! Não se perde peso. Parece que seu organismo fala: Você quer emagrecer, o problema é seu. Não me envolva!

E assim vai durante semanas. Nos meus regimes anteriores era o momento que eu desanimava. Após um monte de semanas o seu organismo vai te concedendo umas perdas de peso quase insignificantes, 300 gramas numa semana...

A vantagem que com o tempo você vai se endorfinando, você quer pedalar. E São Pedro começa a mandar chuva. Tudo conspira! emagrecer é uma paranóia!

domingo, 11 de abril de 2010

Por que Santiago?

O projeto de fazer uma peregrinação a Santiago da Compostela é antigo, penso nesta possibilidade desde 2002.

O que mais me atraiu para este projeto foi a pretensa dificuldade de executá-lo. Como eu, um gordo, com um IMC (índice de massa corpórea) acima de 40, ou seja, em plena obesidade mórbida, poderia fazer o tal caminho. Seria necessário perder peso e condicionar-me fisicamente.

Enfim, não estaria correndo atrás do rabo, participando daquelas seções horrorosas dos Vigilantes do Peso, freqüentando aqueles médicos endocrinologistas metidos a sapientes, cada um com sua metodologia infalível, e outras coisinhas a mais que fazem parte do calvário de um obeso.

Fazer a Compostela seria mais elegante. Seria uma meta, consagrada até com um certificado, a Compostelana! O atrativo deste projeto é que é de um non sense total!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A procura de um titulo!

Já algum tempo venho pensando num blog, para relatar meus preparativos desta cicloviagem de Lisboa a Santiago da Compostela.

A idéia veio quando estava a ver um vídeo do caminho francês onde o Paulo Coelho relata sua quase peregrinação.

A primeira coisa que veio a minha mente, antes do conteúdo do blog foi: Preciso de um título!

“Desventuras de um gordo descrente a caminho de Santiago”

“Diário de não magro”

“Se eu achar o machado, vendo a bicicleta e vou de táxi”

“Pena que a fé não remove montanhas, assim o caminho seria mais plano!”